Wednesday, April 06, 2005

Há muito que não rio

Há muito que não rio,
Ando cabisbaixo, torcido.
Há neste peito um vazio,
Que me traz esmorecido.

É uma falta qualquer,
Que não sei explicar!
É o desejo de querer,
Esse mal de amar!

Não tragas teu corpo,
Doce e tentador;
Sinto-me morto,
Nesta dor!

Ai seu eu pudesse,
Neste fino ar;
Pra ti voasse,
Pra me dar!

Doi tanto esperar!
É pranto agudo,
Este querer dar,
E quedar mudo!

Há muito que não rio...
E sinto frio, tanto frio,
Falta-me o que é meu:
O corpo a que chamas teu!

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