Wednesday, March 13, 2019

Esperança



Enterras a minha esperança, 
No teu já longo silêncio. 
Sem música não há dança! 
E desta esperança enganada, 
Germina, qual semente, a alvorada! 

Talvez a ti não te importe nada. 
Daí teu silêncio, espécie de morte, 
Que da tua parte me calhou em sorte! 
Mas acordo, e a pouco e pouco, 
Renovo a esperança, que sou louco!

Saturday, December 08, 2018

É nada




Pensei procurar,
Nos bares clandestinos,
Uma face como a tua.
Pagar o preço...
Fechar os olhos,
No instante orgásmico,
E pensar em ti!

O destino de tudo,
É nada.

Saturday, March 19, 2016

O Voo da Abelha - livro de poesia


Este é o meu primeiro livro de poesia. Podem procurá-lo na vossa livraria preferida.
Se não encontrarem, por favor, escrevam que estão interessados nos comentários que eu contacto.

Saturday, October 10, 2015

Amar à toa!


Caminho no vale da sombra tenebrosa,
Onde tu curiosa,
Me perguntas por onde ando!
E eu os braços agitando,
Procuro manter-me à tona!
E vens tu azucrinar-me a mona,
Dizeres que de ti não quero saber;
Que não me importa o teu viver?
Mas de ti nem um sinal.
Nada de descer do pedestal!
Compreender que vou mal...
Depois reclamas da falta de atenção,
De um amor sem paixão;
Acrescentas cansaço ao cansado!
E eu meio abrutalhado,
Ainda venho pela saudade!
Ainda mando e-mails pelo cedo!
E não me responde a felicidade;
E é até já a medo,
Que me aproximo a conversar,
Desta que me confessa amar!
Talvez seja eu sim,
Que embora me doa,
Seja bruto assim,
E ame, mas seja à toa!

Thursday, July 16, 2015

Mau caminho!




As minhas mãos gulosas querem mais que um abraço!
Sinto desejo de pecado, espírito madraço,
Que me faz querer de ti fazer cama!
Vontade de baixo-ventre que me chama!
Não fujas de mim, tens-me preso assim,
Nesse teu jeito charmoso de olhar;
Como quem desdenha e quer comprar!
E eu assim maldito, aflito;
Neste meu ansioso espírito,
Que te quer por inteiro!
Embebedar-se no teu cheiro!
Suspirar, assim ficar,
Condenado a penas e alcatrão;
Por ousar amar, louco de paixão!

Friday, June 12, 2015

Perdidamente


Andar perdido
Contigo
Assim perdidamente
Sentimento antigo
Sempre presente
Suplício abrangente
Que me faz demente
Ensandecido
Sempre perdido
É a gente
A prender-se
Clima quente
Perder-se
Perdidamente


Saturday, May 02, 2015

O princípio do mundo



Alma da minha alma;
A tua voz é o meu som,
Que veste o meu corpo,
Com se de cristal fosse!

E não há tempo,
Porque ele é coberto de nós;
Do meu corpo e do teu;
A nossa voz.

E não me importa mais nada,
Porque tudo o que importa,
Se condensa nesse instante:
O principio do mundo.