Saturday, February 15, 2014

Hoje está a chover...



O amor tem pressa, não sabe esperar
Quer concretizar-se num beijo
Impaciente, ardendo em desejo
Correr ao teu encontro, te abraçar

Necessidades primaveris
Vontades varonis
Que a natureza acorda
Paixão que transborda

E olho pela janela lá fora
O Sol atrasou-se, demora
E quero-te tanto neste instante
E há nuvens, estás distante...

Há um reflexo em que me revejo
Estou triste, a ânsia por um beijo
A necessidade do teu corpo no meu
E está escuro, não vejo o céu

Sei que humedeces por mim
Nessa inquietação de querer
Tu e eu num ardente festim
Mas, hoje está a chover...

O coração é pássaro preso
Latejam as fontes neste querer
Estandarte erguido e aceso
Mas, hoje está a chover...

Hoje está a chover...

Thursday, February 13, 2014

Independetemente de quem quis




Era um velha carcaça
Sem brilho mais que baça
Na quietude de existir
Havias tu de surgir
Para me acordar
Fazer pensar
Que amar
Ainda era possível

Não há como fugir
Devia ter adivinhado
Que não era plausível
Estava encrustado
Na minha personalidade
De besta selvagem
Não daria felicidade
Com a menina de cidade

Mas persistimos em sonhar
Com a maravilhosa viagem
Que nos leva ao amor
Paraíso que queremos alcançar
Onde só resta dor
Porquê tentar?
Mas fomos na teimosia
Dessa busca da alegria

Perseguimos ilusões ,
Coleccionei frustrações .
Velho senil, que anda à toa.
Sonhando que a vida que não foi,
Pudesse agora tornar-se boa!
A frustração corroi,
Vai-se a sensatez.
(E já nem dói...)
E a oportunidade de ser feliz,
Não volta outra vez,
Independetemente de quem quis.